quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"O objeto da natureza é o homem, o objeto do homem é o estilo" (Spinoza)


DE STIJL – MOVIMENTO ARTÍSTICO

DE STIJL (‘o estilo’ em holandês ) iniciou oficialmente nos Países Baixos em 1917, quando Mondrian, Van Doesburg e o arquiteto Bart Van der Beck, lançaram a revista que deu nome ao movimento.
A revista ‘De Stijl’ foi publicada em 1917, por Theo Von Poesberg e alguns colegas que compuseram o movimento artístico chamado NEOPLASTICISMO, profundamente ligado ao design e às artes plásticas. Explorou as noções de equilíbrio e assimetria, buscando racionalidade e harmonia na organização dos elementos, sua formalidade foi marcada pelo geometrismo exacerbado (intenso) e a perpendicularidade, além de promover uma linguagem técnica, racional e rígida.

Características:
  • Precisão na divisão do espaço;
  • Tensão e equilíbrio (graças à assimetria);
  • Simplicidade de soluções;
  • Linhas horizontais e verticais são posicionadas de tal forma que não se interceptam, gerando elementos independentes.
  • Influenciou o desenho de mobiliários, na área têxtil, de interiores, arquitetura e grafismo.
  • Uso de formas básicas e cores primárias;
"As três cores principais são, essencialmente, o amarelo, o azul e o vermelho. São as unicas cores que existem (...) o amarelo é o movimento do raio (vertical), o azul é a cor que contrasta com o amarelo ( o firmamento horizontal), e o vermelho é o cruzamento de amarelo e azul" (Schoenmaekers).

A evolução estética e programática do movimento De Stijl pode ser dividida em três fases:
  • Primeira fase: 1916 a 1921 – formativa e centrada na Holanda;
  • Segunda fase: 1921 a 1925 – maturidade e disseminação internacional;
  • Terceira fase: 1925 a 1931 – transformação e dissolução final.


Porém, o auge do movimento foi entre 1921 e 1925, quando Theo Van Doesburg convidou artistas de toda parte para participar do De Stijl, fazendo diversas conferências pela Europa para divulgar sua ‘cruzada’.


Em 1925 com o DE STIJL já desgastado e procurando novos caminhos (como outros artistas fizeram), acabou não se ‘renovando’, e então neste mesmo ano ao conflitar com Doesburg (motivo: rumo teórico a ser seguido, Doesburg fazia linhas diagonais, e Mondrian não aceitava, já que a marca registrada do movimento era a angulação reta.), Mondrian renunciou ao publicamente ao movimento.
Em 1928 a revista pára de circular após alguns anos de publicação, permitindo assim que muitos estudiosos apontassem como o ano final do Neoplasticismo.
Em fim, eles acreditavam que ‘a arte desenvolve forças suficientes para influenciar toda uma cultura’.

Um comentário:

  1. O De Stijl, ou também o Neoplasticismo como foi chamado por Piet Mondrian, um dos principais artistas do movimento, pode ser considerado o mais puro dos movimentos abstratos, pois utiliza do abstracionismo total e a sintetização das formas de arte. Foi defendido por seus partidários com grande fervor, e acabaram radicalizando e renovando a arte moderna, e os ecos do modo neoplástico de encarar a arte podem ser sentidos até hoje. Como exemplo, o legado do Stijl se faz presente numa área muito improvável, a música pop – em 2000, o duo americano de blues-rock White Stripes lançou um álbum denominado De Stijl, onde a capa é composta por uma foto dos integrantes num ambiente totalmente inspirado no movimento, com blocos lisos vermelhor e brancos e hastes pretas.
    No objeto criado pelo grupo podemos identificar de primeira o movimento, inspirado diretamente em um dos seus principais expoentes que foi Piet Mondrian, conhecido até por pessoas leigas que não conhecem muito de arte e dos movimentos vanguardistas. Foram muito coerentes com as características do movimento, principalmente no quesito simplicidade de soluções e no uso de formas básicas e cores primárias, e também na questão das linhas verticais e horizontais que ganharam mais força no objeto pela percepção em 3D.
    O blog está muito interativo e interessante, chama nossa atenção através das imagens muito dinâmicas e os textos estão bem simples e claros.
    Parabéns meninas!

    Júlia Debastiani

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